Arvore do ensino do cavalo constituída por dez elementos
· Contacto – Aceitação da embocadura ( 1º Ano de Ensino )
· Elasticidade – Flexibilidade ( 1º Ano de Ensino )
· Ajudas – Resposta às instruções ( 1º Ano de Ensino )
· Equilíbrio – Distribuição do peso ( 1º Ano de Ensino )
· Liberdade – Facilidade natural ( 1º Ano de Ensino )
· Rectitude – Sem estar torcido ( 2º Ano de Ensino )
· Regularidade – Correcção dos andamentos ( 2º Ano de Ensino )
· Flexibilidade – Ausência de tensão ( 2º Ano de Ensino )
· Reunião – Estado de concentração ( 2º Ano de Ensino )
· Impulsão – Potência ( 2º Ano de Ensino )
Fase A
· Relaxamento – Regularidade – Liberdade – Contacto
· Relaxamento – Regularidade – Liberdade – Contacto
Fase B
· Contacto – Ajudas – Rectitude – Equilíbrio
Fase C
· Equilíbrio – Flexibilidade – Impulsão – Reunião
Fases de educação do cavalo
Fase A – O cavalo habitua-se a levar peso do cavaleiro em cima do dorso e a cooperar com ele.
Fase B – Desenvolvimento da musculatura, articulações, tendões.
Fase C – Desenvolvimento de uma atitude e colocação natural, execução dos movimentos com ligeireza e facilidade.
Relaxamento – Cavalo livre, tranquilo, confiante.
Regularidade – Permanência de ritmo e de tempo.
Liberdade – Solta as zonas rígidas aumentando o desejo de ir para a frente.
Contacto – Aceitação da mão do cavaleiro criando conexão.
Ajudas – Faz o cavalo estar atento criando submissão e obediência.
Rectitude – Cria flexibilidade lateral e potência propulsora.
Equilíbrio – Cria ligeireza, colocação natural e facilidade.
Flexibilidade – Maleabilidade, circulação de energia e flexibilidade.
Impulsão – Actividade de impulsão.
Reunião – Elevação, cadência, suspensão e brilho
Relaxamento – Cavalo relaxado movimenta-se com tranquilidade para diante sem medo, atento ao cavaleiro sem qualquer tentativa de acelerar ou escapar.
Cavalo relaxado
· Não mostra tensão
· Tem regularidade nos andamentos
· Respiração normal
· Pescoço numa posição estendida
· Dorso flexível
Obter o relaxamento
· Trabalho de guia
· Trabalho sobre cavaletes
· Salto em liberdade
Regularidade – Refere-se à correcção do andamento, deve ser regular, uniforme e constante, sendo puro e franco.
Aspectos relacionados com a regularidade dos ares do movimento do cavalo
· Batida
· Amplitude
· Tranco
· Ritmo
· Tempo
· Velocidade
Liberdade – Desejo do cavalo ir para diante, facilidade dos movimentos.
Contacto – Aceitar a embocadura de forma a permitir comunicar entre o cavaleiro e o cavalo.
O contacto deve ser :
· Igual em ambas as mãos.
· Qualidade do contacto melhora com a rectitude.
Consequências de um mau contacto :
· A frente da mão.
· Atrás da mão.
· Lutar com a mão.
· Sacudindo a cabeça.
· Apoiando-se nas rédeas.
· Abrindo a boca.
· Torcendo o pescoço.
· Aceita só uma rédea.
· Ranger os dentes.
· Retraindo a língua.
· Tirando a língua fora de um lado.
· Colocando a língua por cima da embocadura
As Ajudas – As ajudas efectivas são aquelas que se utilizam em sincronização com os movimentos do cavalo, vai ser a capacidade do cavaleiro sentir o movimento e aplicar as ajudas principalmente com o «assento» as «pernas» e as «rédeas» de forma imperceptível e coordenada, chamando-se a isso «tacto equestre».
O assento funciona como o transmissor entre as pernas que pedem e as mãos que recebem.
O assento deve ser :
· Equilibrado.
· Dinâmico.
· Sem rigidez.
· Sem tensão.
O assento permite ao cavaleiro :
· Unir-se ao cavalo.
· Sentir e acompanhar as ondas do dorso.
As pernas – O cavalo deve responder instantaneamente e generosamente às ajudas das pernas.
O cavalo deve aceitar as pernas antes de aceitar a embocadura
As ajudas das pernas devem ser :
· Imperceptíveis
As pernas actuam :
· Junto à cilha
· Um pouco atrás da cilha
· Atrás da cilha
As mãos – O cavalo está na mão quando aceita um contacto suave e tranquilo com um pescoço estendido e com uma flexão longitudinal ou lateral.
Cavalo bem equilibrado não necessita de se apoiar nas rédeas
Rectitude – O cavalo por tendência natural não se desloca recto, através do ensino com cooperação das pernas e mãos coordenadas pelo assento vamos poder sentir a conexão que existe entre os quartos traseiros e a boca do cavalo e assim aproximar-mos da rectitude.
O equilíbrio e a reunião não se conseguem alcançar se o cavalo não está direito
Equilíbrio – Existe quando o cavalo e o cavaleiro estão bem equilibrados, em que o peso e a potência propulsora são iguais em ambos os lados e existe um centro de gravidade comum em todo o momento.
Equilíbrios
· Lateral
· Longitudinal
Flexibilidade – Vai ser a maleabilidade que reflecte a habilidade que existe de ajustar a posição do conjunto cavalo cavaleiro, sem afectar a fluidez do movimento ou do equilíbrio.
Impulsão – Demonstra a elasticidade e a vontade do cavalo manter um equilíbrio natural e suave nos seus andamentos.
A impulsão está directamente ligada à suspensão dos andamentos do cavalo
Reunião – Com o desenvolvimento e fortalecimento do cavalo o seu centro de gravidade vai se deslocando para o post-mão elevando-se o terço anterior e o peso distribui-se melhor por todas as extremidades, a partir deste momento o cavalo está pronto para começar a reunião, a capacidade de reunião vai variar conforme a conformação física e temperamento do cavalo.
Boa reunião deve ter :
· Precisão.
· Ligeireza.
· Elegância.
Cavalo está pronto para a reunião quando :
· Aceita bem as ajudas.
· Está recto e equilibrado.
· Flexível.
· Impulsionado.
Depois de o cavalo ter estado em reunião deve-se deixa-lo esticar e baixar o pescoço e a cabeça para relaxar o dorso.
Reflexões sobre as figuras
· Respeitar as letras do picadeiro na execução das figuras.
· Diagonais devem ser linhas rectas.
· Círculos perfeitamente redondos.
· Serpentinas simétricas.
· Utilizar as letras para iniciar exercícios.
Através dos exercícios e também respeitando sempre as figuras encontramos os pontos de :
· Tensão.
· Rigidez.
· Desobediência.
· Aceitar as ajudas.
Fechar os círculos em função do ensino do cavalo
Reflexão sobre os movimentos
O relaxamento a regularidade a liberdade e o contacto devem ter sempre prioridade.
Fases do treino básico
A.
O cavalo habitua-se ao peso do cavaleiro
O cavalo habitua-se ao peso do cavaleiro
B.
O cavalo desenvolve a capacidade de ir para diante
O cavalo desenvolve a capacidade de ir para diante
C.
O cavalo desenvolve o equilíbrio natural e a ligeireza
O cavalo desenvolve o equilíbrio natural e a ligeireza
FASE A
- Passo livre, trote, galope em linhas rectas com rédeas largas Objectivo
- Acostumar o cavalo ao peso do cavaleiro
- Círculos de grande diâmetro, fazendo linhas curvas a trote, mudanças de mão com flexão lateral apropriada Objectivo
- Fortalecer a musculatura do dorso
- Descida de cabeça e de pescoço ensinando o cavalo a levar o nariz até ao solo Objectivo
- O cavalo deve aprender a utilizar o dorso e a ceder, movimento oscilante e relaxado
- Barras no solo, cavaletes, passeios no exterior Objectivo
- Desenvolver o relaxamento assim como a regularidade e a liberdade em todos os ares
- Cedências à perna, deslocamentos de garupa a passo, transições a passo, trote e galope Objectivo
- Ensinar ao cavalo o significado das ajudas e tentar encontrar o contacto com a mão do cavaleiro
- Sempre trote levantado, trote sentado somente se o cavalo ceder o dorso Objectivo
- Confirmação da confiança e da relação entre o cavalo e o cavaleiro
FASE B
- Alargamento do passo, trote e galope, meias paragens e transições. Objectivo
- Confirmar sempre o relaxamento a regularidade a liberdade e o contacto.
- Círculos, oitos e serpentinas, definição das figuras com flexões apropriadas. Objectivo
- Confirmar o contacto
- Cedência à perna a trote, deslocamentos da garupa na paragem e em movimento, espádua a dentro, mudanças de mão simples, no galope passando pelo trote. Objectivo
- Verificar se o cavalo se torna cada vez mais submisso e mais nas ajudas, confirmar o aumento da rectitude e do equilíbrio e da impulsão
- Rotações sobre os posteriores
- Aumentar e diminuir o raio do círculo e das linhas curvas a galope.
- Transições do galope ao passo e recuar.
- Saltos em liberdade e primeiros saltos com o cavaleiro Objectivo
- Cavalo deve começar a desenhar uma colocação.
FASE C
· Trote e galope médio e reunido.
· Melhorar as meias paragens e as paragens quadradas.
· Círculos a trote e a galope.
· Flexões apropriadas.
· Galope invertido, transições.
· Espádua a dentro.
· Meias piruetas e rotações sobre os posteriores a passo.
· Mudança de pé simples e a galope passando pelo passo.
· Trabalho sobre os cavaletes, saltos baixos.
- Objectivo
- Confirmar o contacto com as diversas ajudas, assim como a rectitude e o equilíbrio.
- Maior elevação e equilíbrio natural com ligeireza e com flexibilização lateral e precisão.
- Trabalho de flexibilidade.
- Trabalho de impulsão.
- Trabalho de reunião.
- Desenvolver a colocação do cavalo e especializar o treino do cavalo em função das suas aptidões.
As Transições – Para executar as transições o cavalo deve estar relaxado, regular e cobrindo terreno, a qualidade das transições dependem também da sincronização e aplicação das ajudas.
As transições podem ser dentro do mesmo ar ou então de uns ares para os outros, para alargar e diminuir as passadas o mais importante é a actividade das ancas, as meias paragens ajudam o cavalo a meter mais energia para debaixo da massa, especialmente na diminuição da passada.
As pernas do cavaleiro cooperam com as pernas do cavalo, a perna direita com o posterior direito e a perna esquerda com o posterior esquerdo.
O sinal de cada perna deve ser no momento em que o posterior está pronto para empurrar o cavalo para diante.
O melhor exercício para aprender a sincronizar as ajudas é a cedência à perna, em todas as transições a pureza do ritmo e a regularidade dos ares são prioritários, as ajudas nas transições devem ser imperceptíveis.
Movimentos laterais
Os movimentos laterais têm um grande benefício físico e de obediência e fomentam principalmente as seguintes aptidões :
· Elasticidade
· Impulsão
· Reunião
Cedência à perna
Espádua a dentro
Cabeça ao muro ( travers )
Garupa ao muro ( renvers )
Mudanças de pé a galope
Na mudança de pé a galope a mudança correcta ocorre numa única fase que é o momento de suspensão.
Será quanto melhor e mais expressiva a mudança de pé a galope quanto :
· Mais largo seja o tempo de suspensão.
· Mais redondo.
Estando num galope correcto, o cavalo recto e bem equilibrado é capaz de mudar de pé sem esforço.
As mudanças de pé simples ( galope esquerda – dois a três passadas a passo – galope à direita ) são um bom meio para iniciar as mudanças de pé a galope, tento em especial atenção na rectitude no equilíbrio e na sincronização.
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