Antoine
de Pluvinel nasceu em França na localidade de Crest tendo vivido entre 1552 e
1620 com dez anos de idade é enviado por seu pai, Jean de Pluvinel, para Itália
para cidade de Nápoles, onde vai trabalhar na academia fundada por Frederico
Grisone, debaixo da direcção de Gioanni Pignatelli, por volta de 1571 ou 1572
regressa a França sendo apresentado ao rei Carlos IX, pelo cavaleiro, M. de
Sourdis.
Em
1594, vai ser escolhido como cavaleiro principal de Henri III e depois de
Henrique IV, tendo também Pluvinel sido autorizado a fundar em Paris uma
academia destinada a aperfeiçoar a equitação destinada à nobreza francesa no
exercício de montar a cavalo.
Nesta
época com efeito toda a nobreza devia saber montar bem a cavalo, sendo a
destreza desse exercício uma marca de nobreza, mas a equitação na época tinha
principalmente como finalidade a destreza na guerra conforme a tradição da
época.
Foi o
verdadeiro percursor da escola de equitação francesa, Antoine de Pluvinel foi
ele quem fez evoluir as técnicas equestres utilizadas em Itália no fim do
século XVI.
A sua
obra escrita e em ele trabalhou e desenvolveu os seus métodos, será publicada
após o seu desaparecimento com o título « le maneige royal » depois foi refeita
e revista pelo seu amigo e aluno Menou de Charnizay, como sendo um
agradecimento e fidelidade ao mestre, mas com o título « l'instruction du roi
en l'exercice de monter à cheval ».
Este
celebre tratado de equitação, escrito sob a forma de manual de ensino do jovem
Louis XIII para o iniciar na arte de montar a cavalo e ensinando como « se deve
fazer para que os cavalos em pouco tempo fiquem obedientes » no entanto a
principal atitude de Antoine de Pluvinel vai ser o suavizar dos ensinamentos
que recebeu em Itália.
Os seus
ensinamentos distinguem-se com efeito daqueles que os seus mestres italianos
lhe transmitiram em dois princípios fundamentais:
· A
psicologia do cavalo não deve ser desprezada.
· O
cavalo deve ser considerado como um ser sensível e inteligente.
Vai
constatar que cada cavalo possui as suas próprias características, defeitos e
qualidades, numa só palavra possuem uma personalidade, a sua principal
preocupação é o bem-estar do cavalo, Pluvinel teve a iniciativa de rejeitar
certos métodos e procedimentos brutais da escola Italiana, elaborou
ensinamentos que ainda são as linhas mestras da actualidade, com efeito ele
preconizou a discrição das ajudas e os métodos suaves, a utilização de freios
simples e recomendou a flexibilização do cavalo e o trabalho em duas pistas,
sendo somente utilizados os meios artificiais como complemento, Pluvinel também
recomendou principalmente de nunca se servirem nem recorrerem aos maus tratos
no cavalo, mas tratar o cavalo com rigor e disciplina, sem nunca perderem a
confiança na superioridade técnica do homem.
Pluvinel
põe em prática os pilões de ensino que permitem flexibilizar o cavalo sem que
para isso seja necessário o cavaleiro estar montado, também desenvolve o
abaixamento das ancas do cavalo como ainda hoje se faz em Viena de Áustria na
célebre Escola de equitação.
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