PERÍODOS DA EQUITAÇÂO CLÁSSICA
A
utilização do cavalo pelo homem tem sido ao longo dos tempos uma verdadeira
constante, vários tem sido os serviços por ele prestados em seu benefício. Em
diversas áreas tem sido feita a sua utilização, podemos destacar na guerra, no
desporto, no trabalho agrícola, nos transportes, entre muitas outras funções,
actualmente tem sido na equitação clássica, desportiva e de competição, onde o
cavalo tem desenvolvido mais paixões.
Conhecer
a história do cavalo e a sua evolução, pode ajudar a compreender a razão desta
paixão que a muitos fascina, a alteração e adaptação do cavalo, no seu aspecto
físico e nas suas capacidades, como também o estudo de tradições, métodos e
conceitos, assim como na arte que utiliza o cavalo como fonte de inspiração,
tem sido desde sempre a razão de se tentar cada vez mais uma aproximação na
relação do homem com esse belo animal.
Podemos
assumir que a equitação clássica teve o seu início com Xenofonte no século IV
antes do nascimento Cristo. Os Gregos e os Romanos usaram o cavalo como um meio
de guerra mas também como parte integrante dos seus jogos de diversão.
Na
idade Média foram desenvolvidas várias técnicas e métodos com objectivos
militares e de caça, neste tempo era praticada uma equitação brutal com o
cavalo a ter importante função nas conquistas e nos torneios da época.
Foi com
o renascimento no século xv que surgiram as primeiras academias de equitação,
foi então que o cavalo para além das suas funções normais, começou também a
fazer parte integrante da arte, quer seja aproveitando as suas qualidades
físicas e os seus belos movimentos, como também na escultura na pintura, ou
outras formas de arte, o cavalo começou a ser utilizado e visto como um animal
que possuía excepcionais qualidades físicas e de uma beleza suprema.
Em
Portugal a primeira obra de referência sobre equitação, foi o livro escrito por
de D. Duarte em 1434 “ Ensinança de Bem Cavalgar Toda a Sela ” sendo referido
como o primeiro tratado de equitação da literatura europeia. Mais tarde em 1678
António Galvão de Andrade publica o livro intitulado “ Arte de Cavalaria da
Gineta e Estardioto, Bom Primor de Ferrar e Alveitaria ”.
Manoel
Carlos de Andrade, escreveu a célebre obra « Luz da Liberal e Nobre Arte de
Cavalaria » tendo sido publicada em 1790 esta obra além dos textos, contém
gravuras de grande beleza, algumas representando Marquês de Marialva, as
excelentes gravuras mostram os métodos e ensino do cavalo que se praticavam na
época, este tratado pode ser considerado como um dos melhores ou mesmo o melhor
tratado de equitação da época.
Desde
essa época até aos dias de hoje a equitação em Portugal teve grandes e
distintos cavaleiros clássicos, tendo como expoente máximo no século XX mestre
Nuno de Oliveira, mas de modo algum se pode ignorar José Martins Montenegro (
Minotes ), Mestre Joaquim Gonçalves Miranda, Visconde Paço Nespereira, D. José
Manuel da Cunha e Menezes, General Júlio Oliveira, Prof Doutor Celestino da
Costa, entre outros.
A
equitação clássica ao longo dos tempos tem tido diferentes formas de evolução,
será no entanto sempre uma forma com princípios e uma maneira de comunicar e
estar com o cavalo muito própria. O cavaleiro que pratica a equitação clássica,
pode conseguir atingir uma maneira elevada de relacionamento entre o cavalo e o
cavaleiro e assim obter a satisfação máxima que o cavalo pode proporcionar
1 comentário:
Aprecio imenso este trabalho que reúne tamanha quantidade de informação preciosa e quero, naturalmente, felicitar muito o seu autor, com pena de não conseguir descobrir a sua identidade, o que impede referi-lo quando me sirvo do seu importante contributo. Luciano Costa
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